Tudo Acontece Em WILLIERTOWN

Cena do Filme "Tudo Acontece em Elizabethtown"

1:15 da manhã. Desligo a TV e o DVD depois de assistir ao filme Tudo Acontece Em Elizabethtown, e fico com meus pensamentos. Me esqueço um instante e é inevitável pensar em você. Penso...penso...penso... Eu sei que não devia, nem queria, nem podia. Vou pro quarto e preparo a cama, mas é impossível dormir, então nem deito. Porque sei que você não vai sair da minha mente. E nem a sedutora idéia de ler as ultimas páginas do Admirável Mundo Novo de Aldous Huxley consegueria te tirar da minha cabeça. Então, pego um lençol e o abro no chão da sala, sob o tapete. Lá deito e lá fico. Algumas perguntas...nenhuma resposta. Algumas condenações...nenhum crime. Começa uma chuvinha fina lá fora e eu olho através da janela. Tenho que não-pensar em você! Me concentro num outdoor iluminado, onde as luzes piscam alternadamente do vermelho pro verde, do verde pro vermelho... Sei que eu não devia. Ligo a TV e o DVD outra vez, e coloco um cd da Alanis

"What are you, my blood? You touch me like you're my blood
What are you, my twin? You affect me like you're my twin"

Não ajuda muito. Eu sei que sou patético, mas o que se pode fazer? E de repente acho as respostas pra um "lance" que eu escrevi uns dias atrás.
O "lance" é um poema, onde eu me questiono sobre esses sentimentos em relação a você, e o ultimo verso é "Por que eu gosto de sentir tudo isso?"
A resposta só pode ser essa: AMOR
E isso não é nada bom. Não, não é...É um lixo, uma droga, um colapso invonluntário de uma mente sem limites. :/
E aí, me veio um verso de uma canção dos Engenheiros do Hawaii. Um verso que me botou os pés no chão.

"Pra ser sincero, não espero de você
Mais do que educação
Beijo sem paixão
Crime sem castigo
Aperto de mão
Apenas bons amigos..."

E aí eu vou dormir. Ainda pensando em você, mas me acostumando com a idéia de que te amo e não devo amar.
Triste, não?